EUA admitem erro em ataque a carro com drone no Afeganistão que matou 10 civis, incluindo crianças

Confirmando investigação feito pelo jornal 'NY Times', militares afirmaram que veículo não continha bomba e motorista era colaborador de longa data de um grupo de ajuda comandado pelos EUA, sem qualquer ligação com grupo terrorista. Afegãos em frente a casa atingida após um ataque de drone dos Estados Unidos em Cabul, capital do Afeganistão, em 29 de agosto Khwaja Tawfiq Sediqi/AP O Pentágono admitiu nesta sexta-feira (17) que o ataque com drone feito pelos EUA a um carro que supostamente seria ocupado por um integrante do Estado Islâmico, no Afeganistão, em 29 de agosto, foi um engano, e que dez civis foram mortos, incluindo sete crianças. Na ocasião, oficiais norte-americanos justificaram o ataque dizendo que ele seria necessário para evitar um ato terrorista. Mas uma investigação do jornal “The New York Times”, agora confirmada por militares, apontou que o carro atingido não continha uma bomba, como tinha sido afirmado. “Ofereço minhas profundas condolências às famílias e aos amigos daqueles que foram mortos”, disse o general Kenneth F. McKenzie Jr., comandante do Comando Central dos Estados Unidos, ao admitir o erro em uma entrevista coletiva. Também reiterando o que havia informado o jornal, o general acrescentou que o motorista do veículo, Zemari Ahmadi, era um colaborador de longa data de um grupo de ajuda comandado pelos Estados Unidos, sem qualquer ligação com o Estado Islâmico. A investigação indicou que a carga no porta-malas do Toyota branco que ele dirigia, provavelmente, era de garrafas de água e que o carro nunca proporcionou qualquer tipo de risco. Uma segunda explosão, ouvida nas proximidades, teria sido causada por um tanque de propano ou combustível. O militar afirmou que o ataque foi realizado “pela profunda convicção” de que o Estado Islâmico estava prestes a atacar o aeroporto de Cabul novamente, como havia feito três dias antes, quando morreram 140 pessoas, incluindo 13 militares norte-americanos. Oficiais do Pentágono reconheceram que a investigação do “NY Times” e de outros órgãos de imprensa forneceram “valiosas evidências” que os ajudaram a reavaliar seu julgamento incorreto sobre o risco representado pelo veículo atacado pelo drone. ‘Terrível tragédia de guerra’ “Em um ambiente dinâmico de alta ameaça, os comandantes em campo tinham autoridade apropriada e tinham razoável certeza de que o alvo era válido, mas após uma análise mais profunda pós-ataque, nossa conclusão é que civis inocentes foram mortos”, disse o general Mark A. Milley, presidente da Junta de Chefes de Estado-Maior em um comunicado. “Esta é uma terrível tragédia de guerra e é de partir o coração e estamos empenhados em ser totalmente transparentes sobre este incidente”, acrescentou. Vídeos: Os mais assistidos do G1 nos últimos 7 dias

EUA admitem erro em ataque a carro com drone no Afeganistão que matou 10 civis, incluindo crianças

Confirmando investigação feito pelo jornal 'NY Times', militares afirmaram que veículo não continha bomba e motorista era colaborador de longa data de um grupo de ajuda comandado pelos EUA, sem qualquer ligação com grupo terrorista. Afegãos em frente a casa atingida após um ataque de drone dos Estados Unidos em Cabul, capital do Afeganistão, em 29 de agosto Khwaja Tawfiq Sediqi/AP O Pentágono admitiu nesta sexta-feira (17) que o ataque com drone feito pelos EUA a um carro que supostamente seria ocupado por um integrante do Estado Islâmico, no Afeganistão, em 29 de agosto, foi um engano, e que dez civis foram mortos, incluindo sete crianças. Na ocasião, oficiais norte-americanos justificaram o ataque dizendo que ele seria necessário para evitar um ato terrorista. Mas uma investigação do jornal “The New York Times”, agora confirmada por militares, apontou que o carro atingido não continha uma bomba, como tinha sido afirmado. “Ofereço minhas profundas condolências às famílias e aos amigos daqueles que foram mortos”, disse o general Kenneth F. McKenzie Jr., comandante do Comando Central dos Estados Unidos, ao admitir o erro em uma entrevista coletiva. Também reiterando o que havia informado o jornal, o general acrescentou que o motorista do veículo, Zemari Ahmadi, era um colaborador de longa data de um grupo de ajuda comandado pelos Estados Unidos, sem qualquer ligação com o Estado Islâmico. A investigação indicou que a carga no porta-malas do Toyota branco que ele dirigia, provavelmente, era de garrafas de água e que o carro nunca proporcionou qualquer tipo de risco. Uma segunda explosão, ouvida nas proximidades, teria sido causada por um tanque de propano ou combustível. O militar afirmou que o ataque foi realizado “pela profunda convicção” de que o Estado Islâmico estava prestes a atacar o aeroporto de Cabul novamente, como havia feito três dias antes, quando morreram 140 pessoas, incluindo 13 militares norte-americanos. Oficiais do Pentágono reconheceram que a investigação do “NY Times” e de outros órgãos de imprensa forneceram “valiosas evidências” que os ajudaram a reavaliar seu julgamento incorreto sobre o risco representado pelo veículo atacado pelo drone. ‘Terrível tragédia de guerra’ “Em um ambiente dinâmico de alta ameaça, os comandantes em campo tinham autoridade apropriada e tinham razoável certeza de que o alvo era válido, mas após uma análise mais profunda pós-ataque, nossa conclusão é que civis inocentes foram mortos”, disse o general Mark A. Milley, presidente da Junta de Chefes de Estado-Maior em um comunicado. “Esta é uma terrível tragédia de guerra e é de partir o coração e estamos empenhados em ser totalmente transparentes sobre este incidente”, acrescentou. Vídeos: Os mais assistidos do G1 nos últimos 7 dias