Presidente de Furnas pede 'desculpas' e anuncia medidas para tentar amenizar crise hídrica em reservatório

Encontro, realizado em Alfenas (MG), reuniu mais de 50 prefeitos da região, além de representantes de Furnas e outras autoridades para discutir a crise no reservatório. Encontro discute os efeitos da pior crise hídrica dos últimos anos com reflexos em Furnas O presidente de Furnas Centrais Elétricas, Clóvis Torres, pediu nesta sexta-feira (17) desculpas aos moradores do Sul de Minas pela seca que atinge os municípios banhados pelo Reservatório de Furnas e anunciou medidas para tentar amenizar danos. O lago opera com o menor volume útil dos últimos 20 anos. "Eu gostaria, portanto, de pedir desculpas, pela falta de empatia, pela falta de atenção e trazer uma palavra de conforto e mais atenção e mais empatia será dada à região", disse Clóvis Torres durante o encontro. Encontro entre prefeitos e representantes de Furnas discute crise hídrica no lago no Sul de Minas Déborah Morato / EPTV O encontro, realizado em Alfenas (MG), reuniu mais de 50 prefeitos da região, além de representantes de Furnas e outras autoridades. Considerado um dos principais reservatórios do país, o Lago de Furnas regula outras 12 barragens e banha 34 cidades, 29 delas que ficam no Sul de Minas. Imagens mostram Lago de Furnas antes e depois da seca; veja vídeo Crise hídrica: comitê vê 'relevante piora' e recomenda mais medidas para preservar hidrelétricas Racionamento atrapalhou retomada da economia em 2001; saiba se problema pode se repetir Entre as medidas anunciadas pelo presidente da empresa está a construção de diques em alguns municípios, a revitalização de nascentes, a reabertura do escritório da empresa em Minas Gerais e a renovação das balsas que fazem o transporte de moradores de cidades banhadas pelo lago. O presidente da empresa também falou sobre a intenção da realização de projetos de apoio ao setor agrícola e a pescadores que dependem do lago em parceria com a Alagoa, a Associação dos Municípios do Entorno do Lago de Furnas. Durante o encontro, prefeitos da região também levaram demandas, como por exemplo, a resolução do problema do despejo de resíduos sólidos no lago. Imagem de março de 2017 mostra a Hidrelétrica de Furnas; na época, o volume útil do reservatório era de 44,95% Furnas Centrais elétricas / Divulgação Abaixo de cota mínima prevista em tombamento A questão do baixo nível da Represa de Furnas não envolve só a preocupação com a geração de energia elétrica, mas também o uso da água do reservatório para a exploração do turismo e outras atividades econômicas. Em dezembro de 2020, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou a Proposta de Emenda à Constituição, que instituiu o tombamento dos lagos de Furnas e de Peixotos, que abastece a Hidrelétrica Mascarenhas de Moraes, como patrimônios imateriais do estado. O objetivo é que as cotas mínimas do nível das águas sejam estabelecidas e respeitadas, sendo 762 metros para Furnas e 663 metros para a Represa Mascarenhas, mais conhecida como Lago do Peixoto. Imagens mostram antes e depois da seca no Lago de Furnas Arquivo Pousada do Porto / EPTV Com o atual volume útil, Furnas está hoje com uma cota de 754 metros acima do nível do mar, oito metros abaixo do que é considerado aceitável para a exploração do turismo e outras atividades. Em junho deste ano, o G1 mostrou que a baixa do lago fez o reservatório virar praticamente um pasto na maioria das cidades da região. Na época, o volume útil do lago era de 37%, mais do que o dobro do nível atual. O Sistema Nacional de Meteorologia emitiu alerta na época prevendo que as chuvas deveriam ficar na média ou abaixo dela até novembro e sem previsão de conseguir manter o nível dos reservatórios do país. Área em São José da Barra, onde represa e hidrelétrica foram construídas Acervo Furnas Pior nível dos últimos 20 anos Depois de fechar o mês passado com 17,22% de seu volume útil, o pior nível para um mês de agosto em 20 anos, o nível do Lago de Furnas caiu ainda mais na primeira quinzena de setembro e atualmente está em 15,16%. Considerada a maior caixa d'água do Brasil, o lago artificial de Furnas foi criado na década de 1950 para abastecer a Usina Hidrelétrica de Furnas, até hoje uma das mais importantes para a geração de energia elétrica do país. Na época, várias cidades do Sul de Minas foram inundadas e a população precisou ser deslocada. Até hoje, quando a água baixa, é possível reviver o passado e ver ruínas de construções antigas que foram cobertas pela água. VÍDEOS: Veja mais notícias da região no G1 Sul de Minas Veja mais notícias da região no G1 Sul de Minas

Presidente de Furnas pede 'desculpas' e anuncia medidas para tentar amenizar crise hídrica em reservatório

Encontro, realizado em Alfenas (MG), reuniu mais de 50 prefeitos da região, além de representantes de Furnas e outras autoridades para discutir a crise no reservatório. Encontro discute os efeitos da pior crise hídrica dos últimos anos com reflexos em Furnas O presidente de Furnas Centrais Elétricas, Clóvis Torres, pediu nesta sexta-feira (17) desculpas aos moradores do Sul de Minas pela seca que atinge os municípios banhados pelo Reservatório de Furnas e anunciou medidas para tentar amenizar danos. O lago opera com o menor volume útil dos últimos 20 anos. "Eu gostaria, portanto, de pedir desculpas, pela falta de empatia, pela falta de atenção e trazer uma palavra de conforto e mais atenção e mais empatia será dada à região", disse Clóvis Torres durante o encontro. Encontro entre prefeitos e representantes de Furnas discute crise hídrica no lago no Sul de Minas Déborah Morato / EPTV O encontro, realizado em Alfenas (MG), reuniu mais de 50 prefeitos da região, além de representantes de Furnas e outras autoridades. Considerado um dos principais reservatórios do país, o Lago de Furnas regula outras 12 barragens e banha 34 cidades, 29 delas que ficam no Sul de Minas. Imagens mostram Lago de Furnas antes e depois da seca; veja vídeo Crise hídrica: comitê vê 'relevante piora' e recomenda mais medidas para preservar hidrelétricas Racionamento atrapalhou retomada da economia em 2001; saiba se problema pode se repetir Entre as medidas anunciadas pelo presidente da empresa está a construção de diques em alguns municípios, a revitalização de nascentes, a reabertura do escritório da empresa em Minas Gerais e a renovação das balsas que fazem o transporte de moradores de cidades banhadas pelo lago. O presidente da empresa também falou sobre a intenção da realização de projetos de apoio ao setor agrícola e a pescadores que dependem do lago em parceria com a Alagoa, a Associação dos Municípios do Entorno do Lago de Furnas. Durante o encontro, prefeitos da região também levaram demandas, como por exemplo, a resolução do problema do despejo de resíduos sólidos no lago. Imagem de março de 2017 mostra a Hidrelétrica de Furnas; na época, o volume útil do reservatório era de 44,95% Furnas Centrais elétricas / Divulgação Abaixo de cota mínima prevista em tombamento A questão do baixo nível da Represa de Furnas não envolve só a preocupação com a geração de energia elétrica, mas também o uso da água do reservatório para a exploração do turismo e outras atividades econômicas. Em dezembro de 2020, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou a Proposta de Emenda à Constituição, que instituiu o tombamento dos lagos de Furnas e de Peixotos, que abastece a Hidrelétrica Mascarenhas de Moraes, como patrimônios imateriais do estado. O objetivo é que as cotas mínimas do nível das águas sejam estabelecidas e respeitadas, sendo 762 metros para Furnas e 663 metros para a Represa Mascarenhas, mais conhecida como Lago do Peixoto. Imagens mostram antes e depois da seca no Lago de Furnas Arquivo Pousada do Porto / EPTV Com o atual volume útil, Furnas está hoje com uma cota de 754 metros acima do nível do mar, oito metros abaixo do que é considerado aceitável para a exploração do turismo e outras atividades. Em junho deste ano, o G1 mostrou que a baixa do lago fez o reservatório virar praticamente um pasto na maioria das cidades da região. Na época, o volume útil do lago era de 37%, mais do que o dobro do nível atual. O Sistema Nacional de Meteorologia emitiu alerta na época prevendo que as chuvas deveriam ficar na média ou abaixo dela até novembro e sem previsão de conseguir manter o nível dos reservatórios do país. Área em São José da Barra, onde represa e hidrelétrica foram construídas Acervo Furnas Pior nível dos últimos 20 anos Depois de fechar o mês passado com 17,22% de seu volume útil, o pior nível para um mês de agosto em 20 anos, o nível do Lago de Furnas caiu ainda mais na primeira quinzena de setembro e atualmente está em 15,16%. Considerada a maior caixa d'água do Brasil, o lago artificial de Furnas foi criado na década de 1950 para abastecer a Usina Hidrelétrica de Furnas, até hoje uma das mais importantes para a geração de energia elétrica do país. Na época, várias cidades do Sul de Minas foram inundadas e a população precisou ser deslocada. Até hoje, quando a água baixa, é possível reviver o passado e ver ruínas de construções antigas que foram cobertas pela água. VÍDEOS: Veja mais notícias da região no G1 Sul de Minas Veja mais notícias da região no G1 Sul de Minas