Argentina acaba com testes de Covid obrigatórios em aeroportos e limite diário de entrada no país

Medidas entram em vigor a partir do dia 19 porque país imunizou metade da população contra Covid. Número de voos entre Brasil e Argentina deve aumentar com fim de todas as restrições. Avião da companhia aérea low cost FlyBondi, da Argentina, em foto de 2019 Divulgação O governo da Argentina anunciou na terça-feira (5) o fim do sistema de cotas de pessoas que podem entrar diariamente no país e a eliminação dos testes de antígenos pelos quais todos os passageiros devem passar ao aterrissar. As duas imposições limitavam o número de voos e o funcionamento das companhias aéreas —situação que deve mudar a partir do dia 19, à medida que a demanda por viagens a Buenos Aires aparecer (veja abaixo quais continuam a ser as exigências). A maior expectativa está entre os brasileiros, principais turistas estrangeiros que visitam anualmente a Argentina (1,4 milhão em 2019). Na via contrária, os argentinos são os principais viajantes a visitar o Brasil (2,5 milhões em 2019), representando 40% de todos os estrangeiros. O fim às restrições estava condicionado ao objetivo mínimo de 50% da população argentina completamente vacinada, o que foi atingido no sábado (2). Os 50% de vacinados são a média nacional, pois Buenos Aires já tem 65% da sua população completamente vacinada. A partir do anúncio oficial, abre-se um período de 14 dias até que o mais recente vacinado desenvolva anticorpos — permitindo, assim, que as medidas entrem em vigor. "Atingido o limiar de 50% da população vacinada com o esquema completo [duas doses], no dia 19 de outubro de 2021, será eliminada a cota de quantidade de passageiros que chegam ao país por via aérea", anunciou a Administração Nacional de Aviação Civil (Anac). A restrição entrou em vigor em 25 de dezembro de 2020, impondo um limite diário de 2 mil pessoas através de Buenos Aires, o único aeroporto habilitado para a entrada no país. Esse fluxo havia sido reduzido em junho a apenas 600 pessoas (2% do volume de passageiros diários de 2019), deixando 25 mil argentinos retidos no exterior. A cota foi revisada nos últimos meses e estava em 2,3 mil pessoas até o final de semana passado, quando subiu para 3 mil. A partir do dia 11 e até a sua extinção no dia 19, o limite diário será de 4 mil pessoas. Exigências para entrar na Argentina Os turistas estrangeiros de países vizinhos (Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Chile) não podiam entrar no país desde 25 de dezembro passado, mas obtiveram permissão para entrar novamente no país no dia 1º (veja no vídeo abaixo). Argentina começa a reabrir fronteira para países vizinhos A partir do dia 19, para entrar na Argentina, um turista precisará preencher uma declaração juramentada na qual indicará o esquema de vacinação completo com, no mínimo, 14 dias de intervalo desde a segunda dose. Todas as vacinas são aceitas. Além de um exame PCR negativo feito nas 72 horas prévias ao embarque, o turista precisará fazer um novo PCR entre o 5º e o 7º dia se permanecer no país por mais de cinco dias. Essas exigências isentam o viajante de uma quarentena obrigatória. Quem não tiver um esquema completo de vacinação, inclusive os menores a partir de 6 anos de idade, poderá entrar na Argentina, mas terá de passar uma semana de isolamento, além do teste de antígeno ao aterrissar. Em todos os casos, será necessária uma cobertura de saúde internacional para Covid-19. Os viajantes de outras nacionalidades só poderão entrar no país a partir de 1º de novembro. Recuperação das companhias aéreas A eliminação dos testes de antígenos para todos os que chegam à Argentina significa também o fim de uma restrição que impedia o aumento de voos. Para cumprir com a medida sanitária, era necessária uma logística que impunha um intervalo de, pelo menos, 90 minutos entre os voos comerciais. Desde o começo da pandemia, quatro companhias aéreas deixaram a Argentina definitivamente, enquanto outras seis suspenderam todos os voos. Entre as que cancelaram as operações no país, está a Qatar Airways, que fazia a ponte Buenos Aires-São Paulo, antes de voar a Doha. Já duas empresas brasileiras, a Azul e a Gol, interromperam temporariamente seu funcionamento. A Gol pretende retomar os voos à Argentina em dezembro. Outra que suspendeu operações foi a Emirates, que ligava Buenos Aires ao Rio de Janeiro antes de chegar a Dubai. A companhia deve retomar essa rota a partir da reabertura argentina. Entre o Brasil e a Argentina, apenas a Aerolíneas Argentinas e a Latam mantiveram voos durante a pandemia. A Turkish Airlines retomou os voos Buenos Aires-São Paulo-Istambul. "As companhias aéreas agora poderão se planejar com maior previsibilidade e recuperar a conexão que perderam durante os 18 meses que foram impedidas de voar", afirmou em nota a Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA, na sigla em inglês). "Isso será um impulso para a reconstrução da economia argentina, especialmente através da contribuição do turismo e dos negócios internacionais", destacou a associação. VEJA TAMBÉM: Argentina

Argentina acaba com testes de Covid obrigatórios em aeroportos e limite diário de entrada no país

Medidas entram em vigor a partir do dia 19 porque país imunizou metade da população contra Covid. Número de voos entre Brasil e Argentina deve aumentar com fim de todas as restrições. Avião da companhia aérea low cost FlyBondi, da Argentina, em foto de 2019 Divulgação O governo da Argentina anunciou na terça-feira (5) o fim do sistema de cotas de pessoas que podem entrar diariamente no país e a eliminação dos testes de antígenos pelos quais todos os passageiros devem passar ao aterrissar. As duas imposições limitavam o número de voos e o funcionamento das companhias aéreas —situação que deve mudar a partir do dia 19, à medida que a demanda por viagens a Buenos Aires aparecer (veja abaixo quais continuam a ser as exigências). A maior expectativa está entre os brasileiros, principais turistas estrangeiros que visitam anualmente a Argentina (1,4 milhão em 2019). Na via contrária, os argentinos são os principais viajantes a visitar o Brasil (2,5 milhões em 2019), representando 40% de todos os estrangeiros. O fim às restrições estava condicionado ao objetivo mínimo de 50% da população argentina completamente vacinada, o que foi atingido no sábado (2). Os 50% de vacinados são a média nacional, pois Buenos Aires já tem 65% da sua população completamente vacinada. A partir do anúncio oficial, abre-se um período de 14 dias até que o mais recente vacinado desenvolva anticorpos — permitindo, assim, que as medidas entrem em vigor. "Atingido o limiar de 50% da população vacinada com o esquema completo [duas doses], no dia 19 de outubro de 2021, será eliminada a cota de quantidade de passageiros que chegam ao país por via aérea", anunciou a Administração Nacional de Aviação Civil (Anac). A restrição entrou em vigor em 25 de dezembro de 2020, impondo um limite diário de 2 mil pessoas através de Buenos Aires, o único aeroporto habilitado para a entrada no país. Esse fluxo havia sido reduzido em junho a apenas 600 pessoas (2% do volume de passageiros diários de 2019), deixando 25 mil argentinos retidos no exterior. A cota foi revisada nos últimos meses e estava em 2,3 mil pessoas até o final de semana passado, quando subiu para 3 mil. A partir do dia 11 e até a sua extinção no dia 19, o limite diário será de 4 mil pessoas. Exigências para entrar na Argentina Os turistas estrangeiros de países vizinhos (Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Chile) não podiam entrar no país desde 25 de dezembro passado, mas obtiveram permissão para entrar novamente no país no dia 1º (veja no vídeo abaixo). Argentina começa a reabrir fronteira para países vizinhos A partir do dia 19, para entrar na Argentina, um turista precisará preencher uma declaração juramentada na qual indicará o esquema de vacinação completo com, no mínimo, 14 dias de intervalo desde a segunda dose. Todas as vacinas são aceitas. Além de um exame PCR negativo feito nas 72 horas prévias ao embarque, o turista precisará fazer um novo PCR entre o 5º e o 7º dia se permanecer no país por mais de cinco dias. Essas exigências isentam o viajante de uma quarentena obrigatória. Quem não tiver um esquema completo de vacinação, inclusive os menores a partir de 6 anos de idade, poderá entrar na Argentina, mas terá de passar uma semana de isolamento, além do teste de antígeno ao aterrissar. Em todos os casos, será necessária uma cobertura de saúde internacional para Covid-19. Os viajantes de outras nacionalidades só poderão entrar no país a partir de 1º de novembro. Recuperação das companhias aéreas A eliminação dos testes de antígenos para todos os que chegam à Argentina significa também o fim de uma restrição que impedia o aumento de voos. Para cumprir com a medida sanitária, era necessária uma logística que impunha um intervalo de, pelo menos, 90 minutos entre os voos comerciais. Desde o começo da pandemia, quatro companhias aéreas deixaram a Argentina definitivamente, enquanto outras seis suspenderam todos os voos. Entre as que cancelaram as operações no país, está a Qatar Airways, que fazia a ponte Buenos Aires-São Paulo, antes de voar a Doha. Já duas empresas brasileiras, a Azul e a Gol, interromperam temporariamente seu funcionamento. A Gol pretende retomar os voos à Argentina em dezembro. Outra que suspendeu operações foi a Emirates, que ligava Buenos Aires ao Rio de Janeiro antes de chegar a Dubai. A companhia deve retomar essa rota a partir da reabertura argentina. Entre o Brasil e a Argentina, apenas a Aerolíneas Argentinas e a Latam mantiveram voos durante a pandemia. A Turkish Airlines retomou os voos Buenos Aires-São Paulo-Istambul. "As companhias aéreas agora poderão se planejar com maior previsibilidade e recuperar a conexão que perderam durante os 18 meses que foram impedidas de voar", afirmou em nota a Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA, na sigla em inglês). "Isso será um impulso para a reconstrução da economia argentina, especialmente através da contribuição do turismo e dos negócios internacionais", destacou a associação. VEJA TAMBÉM: Argentina reabre a fronteira para brasileiros, mas voos são poucos; entenda regras para viajar Cientistas testam o efeito e a segurança da aplicação de vacinas em quem tem menos de 12 anos VÍDEOS: as últimas notícias internacionais