Ataque com carro-bomba perto de palácio presidencial deixa mortos na Somália

Oito pessoas, a maioria civis, morreram e outras sete ficaram feridas. Atentado foi reivindicado pelo grupo Al Shabab, que é próximo da Al Qaeda e luta desde 2007 para derrubar o governo somali. Ataque com carro-bomba perto de palácio presidencial deixa mortos na Somália Oito pessoas morreram neste sábado (25) em Mogadíscio, a capital da Somália, em um ataque com carro-bomba em um posto de controle próximo do palácio presidencial, cuja autoria foi reivindicada por um grupo extremista islâmico, informou a polícia. "Confirmamos que oito pessoas, a maioria civis, morreram e outras sete ficaram feridas após a explosão de um carro-bomba", disse à imprensa Mucawiye Ahmed Mudey, comissário do distrito de Hamar Jajab. O ataque acontece no momento em que o chefe de Estado, Mohamed Abdullahi Mohamed, que também é conhecido como Farmajo, e o primeiro-ministro, Mohamed Roble, travam uma disputa, que já dura semanas, sobre demissões e nomeações dentro do aparato de segurança. A explosão foi ouvida pouco antes das 11h00 locais (05h00 em Brasília) no cruzamento de Ceelgab, onde fica um dos principais pontos de controle que levam à "Villa Somalia", o palácio presidencial situado a um quilômetro de distância. Testemunhas relataram à AFP que diversos automóveis estavam parados, aguardando para serem inspecionados, no momento da detonação, e que muitas vítimas ficaram presas dentro dos veículos enquanto os mesmos queimavam. O carro-bomba explodiu "enquanto havia outros carros (parados) e gente passando pela rua adjacente", explicou Mohamed Hassan. Entre os mortos está Hibaaq Abukar Hassan, conselheira do primeiro-ministro sobre temas da mulher e dos direitos humanos, informou uma fonte oficial. O atentado foi reivindicado através de um breve comunicado pelo grupo Al Shabab, que é próximo da Al Qaeda e luta desde 2007 para derrubar o governo somali. O grupo realiza com relativa frequência ataques contra as forças de segurança e os dirigentes do país e chegou a controlar a capital por um período, até que foi expulso em 2011 pelas tropas da União Africana, mas ainda mantém controle de partes rurais do país. O chefe do Executivo somali condenou o atentado e homenageou as vítimas, sobretudo a sua colaboradora, "uma jovem dinâmica e trabalhadora, (...) uma cidadã dedicada". "Devemos cooperar na luta contra os impiedosos terroristas que, de maneira regular, matam o nosso povo", declarou em um comunicado Roble. O presidente e o primeiro-ministro travam uma disputa política que gera preocupação no país, pois coloca em perigo o frágil processo de eleição de um novo presidente, mas também porque tem seu epicentro na Agência Nacional de Inteligência e Segurança (Nisa, na sigla em inglês), o principal serviço na luta contra o Al Shabab. A destituição do chefe da Nisa, Fahad Yasin, amigo próximo de Farmajo, por decisão de Roble, após uma polêmica investigação sobre o desaparecimento de um agente da agência, chamado Ikran Tahlil, foi o episódio que motivou a disputa. O serviço de inteligência acusou o Al Shabab pelo sumiço do agente, mas o grupo negou qualquer envolvimento, enquanto a família de Tahlil acusa a Nisa de estar por trás do desaparecimento. Após a destituição de Yasin pelo primeiro-ministro, Farmajo o nomeou como seu conselheiro de Segurança Nacional.

Ataque com carro-bomba perto de palácio presidencial deixa mortos na Somália
Oito pessoas, a maioria civis, morreram e outras sete ficaram feridas. Atentado foi reivindicado pelo grupo Al Shabab, que é próximo da Al Qaeda e luta desde 2007 para derrubar o governo somali. Ataque com carro-bomba perto de palácio presidencial deixa mortos na Somália Oito pessoas morreram neste sábado (25) em Mogadíscio, a capital da Somália, em um ataque com carro-bomba em um posto de controle próximo do palácio presidencial, cuja autoria foi reivindicada por um grupo extremista islâmico, informou a polícia. "Confirmamos que oito pessoas, a maioria civis, morreram e outras sete ficaram feridas após a explosão de um carro-bomba", disse à imprensa Mucawiye Ahmed Mudey, comissário do distrito de Hamar Jajab. O ataque acontece no momento em que o chefe de Estado, Mohamed Abdullahi Mohamed, que também é conhecido como Farmajo, e o primeiro-ministro, Mohamed Roble, travam uma disputa, que já dura semanas, sobre demissões e nomeações dentro do aparato de segurança. A explosão foi ouvida pouco antes das 11h00 locais (05h00 em Brasília) no cruzamento de Ceelgab, onde fica um dos principais pontos de controle que levam à "Villa Somalia", o palácio presidencial situado a um quilômetro de distância. Testemunhas relataram à AFP que diversos automóveis estavam parados, aguardando para serem inspecionados, no momento da detonação, e que muitas vítimas ficaram presas dentro dos veículos enquanto os mesmos queimavam. O carro-bomba explodiu "enquanto havia outros carros (parados) e gente passando pela rua adjacente", explicou Mohamed Hassan. Entre os mortos está Hibaaq Abukar Hassan, conselheira do primeiro-ministro sobre temas da mulher e dos direitos humanos, informou uma fonte oficial. O atentado foi reivindicado através de um breve comunicado pelo grupo Al Shabab, que é próximo da Al Qaeda e luta desde 2007 para derrubar o governo somali. O grupo realiza com relativa frequência ataques contra as forças de segurança e os dirigentes do país e chegou a controlar a capital por um período, até que foi expulso em 2011 pelas tropas da União Africana, mas ainda mantém controle de partes rurais do país. O chefe do Executivo somali condenou o atentado e homenageou as vítimas, sobretudo a sua colaboradora, "uma jovem dinâmica e trabalhadora, (...) uma cidadã dedicada". "Devemos cooperar na luta contra os impiedosos terroristas que, de maneira regular, matam o nosso povo", declarou em um comunicado Roble. O presidente e o primeiro-ministro travam uma disputa política que gera preocupação no país, pois coloca em perigo o frágil processo de eleição de um novo presidente, mas também porque tem seu epicentro na Agência Nacional de Inteligência e Segurança (Nisa, na sigla em inglês), o principal serviço na luta contra o Al Shabab. A destituição do chefe da Nisa, Fahad Yasin, amigo próximo de Farmajo, por decisão de Roble, após uma polêmica investigação sobre o desaparecimento de um agente da agência, chamado Ikran Tahlil, foi o episódio que motivou a disputa. O serviço de inteligência acusou o Al Shabab pelo sumiço do agente, mas o grupo negou qualquer envolvimento, enquanto a família de Tahlil acusa a Nisa de estar por trás do desaparecimento. Após a destituição de Yasin pelo primeiro-ministro, Farmajo o nomeou como seu conselheiro de Segurança Nacional.