Professor da UFTM participa de pesquisa que descobriu fóssil inédito de dinossauro carnívoro no interior de SP

'Kurupi itaata' pertence à família dos abelissaurídeos. Paleontólogo Thiago Marinho comparou o material encontrado em Monte Alto com os fósseis de Abelissauros já encontrados em Uberaba. Kurupi itaata pertence à família dos abelissaurídeos e é o primeiro carnívoro encontrado em Monte Alto, SP Divulgação/Museu de Paleontologia de Monte Alto O professor Thiago Marinho, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em Uberaba, contribuiu com mais uma pesquisa para a paleontologia. Desta vez, ele ajudou na descoberta de um fóssil inédito de dinossauro com mais de 70 milhões de anos na zona rural do município de Monte Alto, no interior de São Paulo. O Kurupi itaata, como está sendo chamado, pertence à família dos abelissaurídeos e é o primeiro carnívoro encontrado na cidade. Segundo o paleontólogo Fabiano Vidoi Iori, um dos responsáveis pela descoberta e amigo de Thiago, a primeira parte do fóssil foi encontrada em 2002, mas os trabalhos de escavação só terminaram em 2014. "A princípio, eram ossos da bacia do dinossauro, e a gente veio identificar mais tarde que seria um dinossauro carnívoro. Daí nossos olhos brilharam e falamos que tínhamos que escavar mais, procurar novos ossos. Nessa escavação ao longo dos anos, achamos algumas vértebras que permitiram que a gente identificasse, após os estudos, que era um animal inédito", disse. O paleontólogo Thiago Marinho contribuiu com a pesquisa fazendo a comparação dos fósseis encontrados em Monte Alto com os fósseis de Abelissauros já encontrados em Uberaba. Ele explicou ao g1 que as diferenças entre os materiais são em relação às estruturas das vértebras, que estão em posições, formatos e ângulos diferentes. Há duas hipóteses para isso: a primeira é que as rochas onde os fósseis do Kurupi itaata foram encontrados têm a mesma idade das rochas existentes em Peirópolis, em um ambiente parecido com o do Período Cretáceo. Se tiverem a mesma idade, é possível que esses animais tivessem uma abrangência geográfica maior, podendo ser encontrados em Uberaba quanto no interior de São Paulo. a outra hipótese trabalhada é que essas rochas não têm a mesma idade, com uma distância temporal de alguns milhões de anos. Então, possivelmente, o Kurupi itaata já estivesse extinto quando as rochas de Uberaba foram sedimentadas. Logo, os animais que viveram em Uberaba e no interior de SP eram diferentes. "E nós vimos que o Kurupi itaata é diferente desses Abelissauros de Uberaba. Então, foi bastante importante usar o material do nosso acervo para comparação para ter certeza de que se trata de uma nova espécie", contou o paleontólogo. Fóssil inédito de dinossauro carnívoro que viveu no interior de SP é apresentado Apaixonado por dinossauros desde criança, Marinho diz que é um momento especial poder participar de mais uma pesquisa que contribui com a ciência. "É uma sensação muito boa poder agregar um pouquinho da história da vida na terra com uma dessas criaturas incríveis que estão no imaginário de todo mundo. E também poder responder um pouco sobre o que tinha de diversidade biológica há 70 milhões de anos e sobre como foi a evolução da nossa região ao longo de tanto tempo. São questões me deixam encantados e que me motivam a continuar fazendo pesquisas". Primeira espécie carnívora de dinossauro é encontrada na região de Monte Alto LEIA TAMBÉM: Professor da UFTM contribui com descoberta de gênero de dinossauro que viveu há 85 milhões de anos no interior de SP Pesquisadores identificam nova espécie de crocodilo que viveu em Uberaba há 80 milhões de anos UFTM divulga cronograma da XX Semana dos Dinossauros Fóssil preparado e apresentado Fóssil passou por preparação após ser inteiramente retirado Chico Escolano/EPTV Após todo o processo de retirada, concluído em 2014, os fósseis começaram a ser preparados para ficarem expostos no Museu de Paleontologia. Uma das responsáveis por essa preparação é a paleontóloga Sandra Tavares. O intervalo de tempo entre a descoberta e a apresentação se dá por causa do trabalho minucioso de separação dos ossos das rochas em que eles estavam. "A preparação do fóssil é uma das partes do estudo mais demorada. (...) Nesse tempo [de escavação], fomos preparando esse material em laboratório. O que acontece é que a rocha em que os fósseis estavam preservados é uma rocha muito dura, difícil de ser preparada. No campo nós utilizamos equipamentos de alto impacto: britadeira, marretas, ponteiros grandes; no laboratório, não. Já é feita a parte mais cautelosa, com ponteiros pequenos, martelos pequenos, canetas pneumáticas. É um trabalho bem demorado. " Por causa da pandemia de Covid-19, o museu continua fechado para a visitação, mas imagens do dinossauro podem ser conferidas nas redes sociais da Prefeitura. Kurupi itaata pertence à família dos abelissaurídeos e é o primeiro carnívoro encontrado em Monte Alto, SP Chico Escolano/EPTV VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

Professor da UFTM participa de pesquisa que descobriu fóssil inédito de dinossauro carnívoro no interior de SP

'Kurupi itaata' pertence à família dos abelissaurídeos. Paleontólogo Thiago Marinho comparou o material encontrado em Monte Alto com os fósseis de Abelissauros já encontrados em Uberaba. Kurupi itaata pertence à família dos abelissaurídeos e é o primeiro carnívoro encontrado em Monte Alto, SP Divulgação/Museu de Paleontologia de Monte Alto O professor Thiago Marinho, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em Uberaba, contribuiu com mais uma pesquisa para a paleontologia. Desta vez, ele ajudou na descoberta de um fóssil inédito de dinossauro com mais de 70 milhões de anos na zona rural do município de Monte Alto, no interior de São Paulo. O Kurupi itaata, como está sendo chamado, pertence à família dos abelissaurídeos e é o primeiro carnívoro encontrado na cidade. Segundo o paleontólogo Fabiano Vidoi Iori, um dos responsáveis pela descoberta e amigo de Thiago, a primeira parte do fóssil foi encontrada em 2002, mas os trabalhos de escavação só terminaram em 2014. "A princípio, eram ossos da bacia do dinossauro, e a gente veio identificar mais tarde que seria um dinossauro carnívoro. Daí nossos olhos brilharam e falamos que tínhamos que escavar mais, procurar novos ossos. Nessa escavação ao longo dos anos, achamos algumas vértebras que permitiram que a gente identificasse, após os estudos, que era um animal inédito", disse. O paleontólogo Thiago Marinho contribuiu com a pesquisa fazendo a comparação dos fósseis encontrados em Monte Alto com os fósseis de Abelissauros já encontrados em Uberaba. Ele explicou ao g1 que as diferenças entre os materiais são em relação às estruturas das vértebras, que estão em posições, formatos e ângulos diferentes. Há duas hipóteses para isso: a primeira é que as rochas onde os fósseis do Kurupi itaata foram encontrados têm a mesma idade das rochas existentes em Peirópolis, em um ambiente parecido com o do Período Cretáceo. Se tiverem a mesma idade, é possível que esses animais tivessem uma abrangência geográfica maior, podendo ser encontrados em Uberaba quanto no interior de São Paulo. a outra hipótese trabalhada é que essas rochas não têm a mesma idade, com uma distância temporal de alguns milhões de anos. Então, possivelmente, o Kurupi itaata já estivesse extinto quando as rochas de Uberaba foram sedimentadas. Logo, os animais que viveram em Uberaba e no interior de SP eram diferentes. "E nós vimos que o Kurupi itaata é diferente desses Abelissauros de Uberaba. Então, foi bastante importante usar o material do nosso acervo para comparação para ter certeza de que se trata de uma nova espécie", contou o paleontólogo. Fóssil inédito de dinossauro carnívoro que viveu no interior de SP é apresentado Apaixonado por dinossauros desde criança, Marinho diz que é um momento especial poder participar de mais uma pesquisa que contribui com a ciência. "É uma sensação muito boa poder agregar um pouquinho da história da vida na terra com uma dessas criaturas incríveis que estão no imaginário de todo mundo. E também poder responder um pouco sobre o que tinha de diversidade biológica há 70 milhões de anos e sobre como foi a evolução da nossa região ao longo de tanto tempo. São questões me deixam encantados e que me motivam a continuar fazendo pesquisas". Primeira espécie carnívora de dinossauro é encontrada na região de Monte Alto LEIA TAMBÉM: Professor da UFTM contribui com descoberta de gênero de dinossauro que viveu há 85 milhões de anos no interior de SP Pesquisadores identificam nova espécie de crocodilo que viveu em Uberaba há 80 milhões de anos UFTM divulga cronograma da XX Semana dos Dinossauros Fóssil preparado e apresentado Fóssil passou por preparação após ser inteiramente retirado Chico Escolano/EPTV Após todo o processo de retirada, concluído em 2014, os fósseis começaram a ser preparados para ficarem expostos no Museu de Paleontologia. Uma das responsáveis por essa preparação é a paleontóloga Sandra Tavares. O intervalo de tempo entre a descoberta e a apresentação se dá por causa do trabalho minucioso de separação dos ossos das rochas em que eles estavam. "A preparação do fóssil é uma das partes do estudo mais demorada. (...) Nesse tempo [de escavação], fomos preparando esse material em laboratório. O que acontece é que a rocha em que os fósseis estavam preservados é uma rocha muito dura, difícil de ser preparada. No campo nós utilizamos equipamentos de alto impacto: britadeira, marretas, ponteiros grandes; no laboratório, não. Já é feita a parte mais cautelosa, com ponteiros pequenos, martelos pequenos, canetas pneumáticas. É um trabalho bem demorado. " Por causa da pandemia de Covid-19, o museu continua fechado para a visitação, mas imagens do dinossauro podem ser conferidas nas redes sociais da Prefeitura. Kurupi itaata pertence à família dos abelissaurídeos e é o primeiro carnívoro encontrado em Monte Alto, SP Chico Escolano/EPTV VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas